Nada da beleza de um dueto de pianos. Flores amarelas para fugir da beleza mais usual de rosas vermelhas. Uma pantufa colorida de presente. Mal-estar e nostalgia. Enjôo. Cervejas baratas e um céu azul marinho de giz de cera. Passávamos várias noites em branco, remoendo trivialidades, desperdiçando saliva em casos banais, colocando metafísica onde não havia nada para ser posto. Não era uma pré-disposição para a política, preferíamos falar do fundo do mar.
A questão era não remoer casos. Sempre onde estava, as pessoas discutiam relacionamentos. Fim e para sempre. Eram histórias a ermo sobre desavenças e pueril. Falta de processo como em alimentos enlatados. Algumas vezes corria alguma histeria ou rolavam algumas lágrimas. Vida alheia. Acho mesmo que brigar com o espelho por causa de alguém deva ser uma coisa legal. Vestir sentimentalmente uma sapatilha exótica para uma noite especial. Uma música bacana pra descontrair o ambiente, felicidade.
Goethe, em Os Sofrimentos do Jovem Wherter era triste e bonito, mais nossa turma preferia o fatalismo nietzscheano, a poesia das naus sem rumo de Fernando Pessoa. Eram frustrações apáticas, náuseas antológicas, epopéias internalizadas, como o caso de uma amiga que dobrava a esquina para comprar um esmalte. Durante muito tempo relutamos para saber se isso não era uma mera estaticidade e paralisia. Ora, falta de histórias não eram, nós éramos idealistas, perfeitos idealistas e que não discutiam relacionamentos.
Assim, foi no tempo da crise de mercado, que não era causa das cervejas baratas, numa noite simpática e etílica que descobrimos a verdade. Não sei se era um acúmulo de informações, quase como um dado estatístico e matemático racionalizado. Correu em meio a um casal de peixes palhaços, que estava perto de uma anêmona marrom em uma foto que tinha achado linda. Na mesa ao lado, coincidentemente, a garota padrão da sociedade leite condensado comentava com a amiga padrão. Era um conto de fim relacionamento, quem tinha derrubado quem não consegui entender. Perdi-me em meio ao final da história. O resoluto da idéia admito, não foi um estopim...
Descobrimos que nosso idealismo era mais histórico do que tudo, eu gostava de peixes palhaços e anêmonas marrons, ou como se devem cultivar plantas carnívoras. Um colega me falava de decoração, enquanto outro planejava um bom hotel pra viagem à Argentina. O nosso idealismo só não proporcionava relacionamentos. Talvez isso fosse mesmo estaticidade e paralisia. Quem sabe. As garotas da mesa ao lado foram embora muito primeiro.
A questão era não remoer casos. Sempre onde estava, as pessoas discutiam relacionamentos. Fim e para sempre. Eram histórias a ermo sobre desavenças e pueril. Falta de processo como em alimentos enlatados. Algumas vezes corria alguma histeria ou rolavam algumas lágrimas. Vida alheia. Acho mesmo que brigar com o espelho por causa de alguém deva ser uma coisa legal. Vestir sentimentalmente uma sapatilha exótica para uma noite especial. Uma música bacana pra descontrair o ambiente, felicidade.
Goethe, em Os Sofrimentos do Jovem Wherter era triste e bonito, mais nossa turma preferia o fatalismo nietzscheano, a poesia das naus sem rumo de Fernando Pessoa. Eram frustrações apáticas, náuseas antológicas, epopéias internalizadas, como o caso de uma amiga que dobrava a esquina para comprar um esmalte. Durante muito tempo relutamos para saber se isso não era uma mera estaticidade e paralisia. Ora, falta de histórias não eram, nós éramos idealistas, perfeitos idealistas e que não discutiam relacionamentos.
Assim, foi no tempo da crise de mercado, que não era causa das cervejas baratas, numa noite simpática e etílica que descobrimos a verdade. Não sei se era um acúmulo de informações, quase como um dado estatístico e matemático racionalizado. Correu em meio a um casal de peixes palhaços, que estava perto de uma anêmona marrom em uma foto que tinha achado linda. Na mesa ao lado, coincidentemente, a garota padrão da sociedade leite condensado comentava com a amiga padrão. Era um conto de fim relacionamento, quem tinha derrubado quem não consegui entender. Perdi-me em meio ao final da história. O resoluto da idéia admito, não foi um estopim...
Descobrimos que nosso idealismo era mais histórico do que tudo, eu gostava de peixes palhaços e anêmonas marrons, ou como se devem cultivar plantas carnívoras. Um colega me falava de decoração, enquanto outro planejava um bom hotel pra viagem à Argentina. O nosso idealismo só não proporcionava relacionamentos. Talvez isso fosse mesmo estaticidade e paralisia. Quem sabe. As garotas da mesa ao lado foram embora muito primeiro.
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