"Eu poderia levar a vida mais agradável e feliz, se não fosse um insensato."
O deus de minha mãe a despiu de todos os seus sonhos. Eu me pergunto qual desculpa do maravilhoso vai sustentar minha geração de cépticos. Os fracassados da Grande idiotice. Pode parecer esquisito, mas, quando você não possui nenhuma foto do verão, parece mesmo que tudo que você fez foi um grande desassossego.
Depois da primeira tragada demora vinte segundos para que a nicotina alcance seu cérebro. Parece estranho mas, antes de 1950, você não engrossaria a fila dos suicidas da fumaça, dos cancerosos do capitalismo moderno, das indústrias de benzodiazepínicos e outros genéricos que curam o tédio.
Nicotina e outras coisas sem endereço...
Poucas coisas no mundo condensam tanta metafísica como a felicidade. Ai você começa a se perguntar que quando chegar abril, poderá ser tarde para a abrir a janela e deixar que o sol amenize o bolor da vida. "Tens fios demais a estragar-Me o quadro"...
O que pouca gente sabe é que a nicotina interage com receptores neurais, que acabam liberando substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, que conferem uma sensação de prazer imediata. Antes de 1840 isso seria pouco provável.
Para falar a verdade, algumas das coisas que mais me sufocaram no mundo não possuiam azulejos, nem paredes, nem sacolinhas de plástico, nem fumaça...
Antes um prazer imediato, que essa sensação de estrangeiro a vida toda...
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