quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sacolinhas de Plástico

Estavam ali sentados, em frente ao céu estranhamente vermelho, e um pôr-do-sol que lembrava que amanhã o sol voltaria. Essas coisas fazem a diferença quando você acha que só a ultra-violência daquele dia pode te curar.

Paralisou quando entendeu que todas as suas perspectivas de futuro não eram tão simples como comprar um óculos escuro. Tinha pensado, antes de tomarem café juntos, que no dia seguinte poderia lhe comprar flores. Nunca foi um especialista em surpresas, tempos depois, entendeu que essas coisas não mudam. Aprendia primeiro a sorrir.

Um grande aquário, decidiu que precisava dum aquário. Movimento, bolhinhas de ar e vida. Uma coleção de fotos de antecedententes que não faziam sentido, precisava desesperadamente disso. Encontrou um panfletinho jogado em meio a rua que dizia que o circo havia chego em sua cidade. Amendoins e palhaços. Às vezes, se sentia também como um personagem de circo.

Nunca entendeu porque gostava tanto de caminhar, uma cidade ruim pra se habitar, uma paisagem edificante que te sufoca, sacolinhas de plástico que te rodeiam com o vento, vendedores ambulantes que lhe dão bom dia.

Quando o tédio sossegou, era hora de dormir...





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