domingo, 4 de outubro de 2009

Um pouco de açucar

Naquele momento pareceu que o universo todo era uma pequena fagulha doentia, que não cabia nem a si mesmo. Tinha se esquecido das sutilezas de roupas bem passadas e dispostas em cabides. Os títulos variados da pequena coleção de livros desordenadamente empoeirados, dissimula a idéia da antiga organização quase transcendente, porém, o tino dum cotidiano fatalista talvez não seria a justificativa mais adequada para isso. Se você já levou semanas para ter um dia conseguiria entender.

Aquele monte de letrinhas do jornal que carregavam toda a notícia do que andava ocorrendo tinha perdido o sentido. Era necessário antes de tudo, resolver primeiro seus problemas. Pensava num estado de equilíbrio psicológico, essas coisas que ao acaso são quase uma auto-ajuda, furadas e enfadonhas.

De uns tempos pra cá minha sensibilidade anda me traindo. Pensei naqueles antigos esmaltes vermelhos e pela primeira vez isso não tinha sido nada interessante. A curiosidade ilimitada, o conceito de construir tudo. Naquele momento pareceu que a vida se resumia a alguns torrões açucar. Pra usar de uma boa sinceridade acho que ela não vai mesmo muito além disso. Não fosse uma estagnação incomoda e confortável, é mais provável que as coisas seriam bem melhores.








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